Essa noite tive uma insônia terrível, depois de dias de bom sono e cuidado com os horários. Paciência, ser "normal" é uma construção e eu chego lá...
Três coisas tomaram meu tempo nessa madrugada insone, dois filmes e uma idéia, uma indagação, para melhor dizer.
O primeiro filme foi uma experiência estranha. Chama-se Teeth, não encontrei título em português, nem data de lançamento no Brasil. Ontem, meu marido rui, me chamou para ler uma sinopse e decidir se eu queria ou não ver o filme, eis o que li:
"Dawn (Jess Weixler) é uma estudante de colegial que está em crise com a sua sexualidade. Membro de um grupo que defende a castidade, sofre o peso do mundo - a pressão dos pais, dos amigos, dos garotos, da sociedade. Para piorar, Dawn descobre que tem uma dentição na vagina."
Olhadinha no trailer...
Nos minutos finais do filme, meu marido dizia qualquer coisa parecida com "não é a coisa mais estranha que eu já vi..." câmera baixa, moça em pé, pernas afastadas, sua vagina expulsa, ou cospe, o pênis amputado, que cai no chão para ser mastigado por um cão. Ele mudou de idéia. Conto a cena sem problemas pois sei que ninguém vai ver isso mesmo. Isso faz parte daquele grupo de coisas que só este casal aqui faz... hehehhe
Segundo filme. Antes de colocar pergunto o que era, que tipo de filme... marido meio morto de sono não se lembra, diz, acho que é uma comédia romântica boba. Eu penso que é o ideal para colocar e cair no sono. Primeira cena: a esposa dedicada arruma uma bela mesa, prepara um lindo bolo sobre o qual lê-se "feliz aniversário de casamento", sobe as escadas e, no banheiro, dá um tiro na cabeça, caindo mortinha na banheira vazia.
Não sei se deveria ter medo do meu marido por classificar isso como comédia, pior ainda, como romântico... ou se prefiro pensar que ele se enganou mesmo...
Mas, sem brincadeiras, o filme é bom. Chama-se Lonely Hearts (2006) - Os Fugitivos, no Brasil. Baseado na história real (final da década de 40), de um casal completamente xarope que aplica golpes em mulheres solitárias. Eles vão se descontrolando e passam a cometer assassinatos bastante chocantes e no final são "fritos" na cadeira elétrica. Estou contando isso porque logo na segunda sequência já sabemos que serão executados, não estou estragando. O ponto alto do filme não é saber se serão ou não pegos...
Durante uns 60 minutos, conforme a violência do casal aumentava, aumentava também a minha e eu me via ansiosa para a cena da execução, já anunciada no comecinho do filme, chegar. Tinha aqueles sentimentos limitados do raivoso, do vingativo, dos que não exercitam vários olhares. Enfim, eles morreram, e não foi bom. No final do filme eu estava envergonhada da minha brutalidade e colocando em questão esse nosso peculiar senso de justiça. (O hélio Schwartsman tratou disso na coluna dessa semana, discordei demais, mas concordo com a necessidade de investigar mais de perto esse conceito)
Por último, há a minha indagação, oriunda da notícia da proibição da marcha da maconha em alguns estados, acho que é assim que se chama esse "movimento". Não pensei exatamente na maconha, nem na necessidade (ou não) de discussão da legislação relativa a droga. Não pensei nisso porque, a princípio, não há nenhum sentido em andar por aí "pela maconha".
Assim não há quem durma...
Segundo filme. Antes de colocar pergunto o que era, que tipo de filme... marido meio morto de sono não se lembra, diz, acho que é uma comédia romântica boba. Eu penso que é o ideal para colocar e cair no sono. Primeira cena: a esposa dedicada arruma uma bela mesa, prepara um lindo bolo sobre o qual lê-se "feliz aniversário de casamento", sobe as escadas e, no banheiro, dá um tiro na cabeça, caindo mortinha na banheira vazia.
Não sei se deveria ter medo do meu marido por classificar isso como comédia, pior ainda, como romântico... ou se prefiro pensar que ele se enganou mesmo...
Mas, sem brincadeiras, o filme é bom. Chama-se Lonely Hearts (2006) - Os Fugitivos, no Brasil. Baseado na história real (final da década de 40), de um casal completamente xarope que aplica golpes em mulheres solitárias. Eles vão se descontrolando e passam a cometer assassinatos bastante chocantes e no final são "fritos" na cadeira elétrica. Estou contando isso porque logo na segunda sequência já sabemos que serão executados, não estou estragando. O ponto alto do filme não é saber se serão ou não pegos...
Durante uns 60 minutos, conforme a violência do casal aumentava, aumentava também a minha e eu me via ansiosa para a cena da execução, já anunciada no comecinho do filme, chegar. Tinha aqueles sentimentos limitados do raivoso, do vingativo, dos que não exercitam vários olhares. Enfim, eles morreram, e não foi bom. No final do filme eu estava envergonhada da minha brutalidade e colocando em questão esse nosso peculiar senso de justiça. (O hélio Schwartsman tratou disso na coluna dessa semana, discordei demais, mas concordo com a necessidade de investigar mais de perto esse conceito)
Por último, há a minha indagação, oriunda da notícia da proibição da marcha da maconha em alguns estados, acho que é assim que se chama esse "movimento". Não pensei exatamente na maconha, nem na necessidade (ou não) de discussão da legislação relativa a droga. Não pensei nisso porque, a princípio, não há nenhum sentido em andar por aí "pela maconha".
Mas a questão que me surgiu é se um cidadão é, de fato, livre para se manifestar e reivindicar. Se a resposta for que ele o é desde que esteja de acordo com uma série de princípios básicos da nossa sociedade, respeitando a lei e etc... a pergunta é que princípios são esses e onde eles são determinados? Um cidadão pode questionar uma lei, pacificamente, se valendo de idéias? Qual seria a diferença entre uma marcha com intuito de gerar uma discussão sobre a carga tributária ou, para continuar no quadro dos tabus, sobre a necessidade de legalização do aborto e essa que foi proibida?
Fico pensando nas liberdades, nas instituições, não consigo ver como natural esse distanciamento e essa nossa idéia de agentes disciplinadores externos a nós mesmos...
Assim não há quem durma...
2 comentários:
hahahahahah Paulinha, q filme foi esse?? hahahahahah
Mto tosco... hahahaha
Paulinha, Obrigada pelo apo hje e desculpe.. hehe não gosto de ficar falando assim.. sei q enche o saco...
E da proxima vez convide o Silvain para indagar com vc... assim, pelo menos, ele dividi o sono com vc.. hahahah
Um beijão!!
É péssimo mesmo, Vania !
Nem sei do que você está se desculpando, rs ... está tudo certo !
Gostei muito da visita...
Bjao!
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